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Tipo: Dissertação
Título: Consumo de alimentos ultraprocessados entre idosos brasileiros e associação com fatores sociodemográficos, de estilo de vida e presença de doenças: dados da pesquisa nacional de saúde, 2019
Autor(es): Riva, Isabela de Oliveira da
Primeiro Orientador: Moreira, Naiara Ferraz
metadata.dc.contributor.referee1: Rodrigues, Paulo Rogério Melo
metadata.dc.contributor.referee2: Moreira, Caroline Camila
Resumo: O consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) vem crescendo de forma acelerada em países de baixa e média renda como o Brasil. Este consumo é associado a outros fatores desfavoráveis para a saúde, como a inatividade física, comportamentos sedentários e as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). Estas, por sua vez, são mais prevalentes na população idosa. Neste sentido, conhecer o perfil de consumo de AUP entre idosos é fundamental para traçar estratégias de alimentação adequada e saudável focadas nas características desta população. OBJETIVO: Avaliar o consumo de AUP e sua associação com fatores socioeconômicos, de estilo de vida e presença de DCNT entre idosos brasileiros. MÉTODOS: Estudo transversal com dados de 22.728 idosos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019. Como variável dependente utilizou-se o escore de consumo de AUP, calculado a partir do consumo no dia anterior dos itens: (1)refrigerante; (2)suco de caixinha/lata/refresco; (3)bebida achocolatada/iogurte com sabor; (4)salgadinho de pacote/bolacha salgada; (5)bolacha doce/recheada/bolo pacote; (6)sorvete/chocolate/gelatina/flan/; (7)salsicha/linguiça/mortadela/presunto; (8)pão forma/cachorro quente/hamburger; (9)margarina/maionese/ketchup/outros; (10)macarrão instantâneo/sopa de pacote/lasanha congelada/outros. O escore foi criado pela soma das respostas positivas dos itens sendo dicotomizado em <5 AUP e >= 5 AUP. O consumo foi avaliado segundo variáveis sociodemográficas (sexo, idade, cor da pele, escolaridade, estado civil e viver com companheiro), de estilo de vida (prática de atividade física, tempo de TV, tempo de outras telas, uso de tabaco e bebidas alcoólicas), presença de DCNT autorreferidas (diabetes, hipertensão e depressão) e condição de peso, obtida a partir da estimativa do índice de massa corporal (baixo peso, peso adequado e sobrepeso). Na análise bivariada a diferença estatisticamente significativa foi avaliada pela não sobreposição dos intervalos de confiança (IC95%), as variáveis que foram associadas ao desfecho foram incluídas em modelos de regressão logística simples e ajustados. Utilizou-se o SPSS 22.0 considerando a complexidade da amostra e os pesos amostrais. RESULTADOS: Do total, 7,1% consumiram 5 ou mais de AUP no dia anterior, sendo mais frequente em brancos do que em não brancos (8,3% vs. 5,9%) e os que possuíam qualquer nível de escolaridade comparado com aqueles que não estudaram. O consumo foi mais frequente entre moradores da região Sul (11,5%) e Sudeste (8,7%) e da zona urbana comparada à rural (7,8% vs. 3,3%), entre os que faziam uso, por ≥3 horas por dia, de televisão (9,5% vs. 6,1%), e de tablet, computador ou celular dia (11,3% vs. 6,9%). Quanto às DCNT, apenas o diabetes foi associado, inversamente, ao consumo de AUP (5,4% vs. 7,6%). Após os ajustes, ter qualquer nível de escolaridade, viver nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em áreas urbanas e assistir televisão por tempo ≥3 horas por dia foram associados ao consumo de 5 ou mais grupos de AUP. Além disso, ter diabetes permaneceu inversamente associado ao consumo de AUP. CONCLUSÃO: O consumo de AUP foi associado a variáveis sociodemográficas e de estilo de vida. Acredita-se que o diagnóstico de diabetes possa ter influenciado na melhoria dos hábitos alimentares da população. Espera-se que este trabalho possa contribuir com a gestão do cuidado da pessoa idosa no âmbito da saúde coletiva.
Abstract: The consumption of ultra-processed foods (UPF) is rapidly increasing in low- and middle-income countries like Brazil. This consumption is associated with other unfavorable health factors, such as physical inactivity, sedentary behaviors, and Non-Communicable Diseases (NCDs). These are more prevalent in the elderly population. In this context, understanding the consumption profile of UPF among the elderly is essential for developing adequate and healthy eating strategies tailored to the characteristics of this population. OBJECTIVE: To assess the consumption of UPF and its association with socioeconomic factors, lifestyle, and the presence of NCDs among Brazilian elderly. METHODS: A cross-sectional study was conducted with data from 22,728 elderly participants in the 2019 National Health Survey (PNS). The dependent variable was the UPF consumption score, calculated based on questions about the previous day’s consumption of the following items: 1. Soda 2. Boxed/canned juice 3. Chocolate drink/flavored yogurt 4. Packaged snacks/crackers 5. Sweet/biscuits/cake 6. Ice cream/chocolate/jelly/flan 7. Sausage/sausage/bologna/ham 8. Sliced bread/hot dog/hamburger 9. Margarine/mayonnaise/ketchup/others 10. Instant noodles/packaged soup/frozen lasagna/others. The score was created by summing positive responses to these items, then dichotomized into <5 UPF and ≥5 UPF. Consumption was evaluated according to sociodemographic variables (sex, age, skin color, education, marital status, and living with a partner), lifestyle variables (physical activity, TV time, screen time, tobacco and alcohol use), presence of NCDs (diabetes, hypertension, and depression), and nutritional status (underweight, normal weight, and overweight). In the bivariate analysis, statistically significant differences were assessed by the non-overlap of 95% confidence intervals (CI). Variables associated with the outcome were included in simple and adjusted logistic regression models. SPSS 22.0 was used, considering sample complexity and sampling weights. RESULTS: Overall, 7.1% consumed five or more groups of UPF on the previous day, being more frequent among whites than non whites (8.3% vs. 5.9%) and those with any level of education compared to those without education. Consumption was more frequent among residents of the South (11.5%) and Southeast (8.7%) regions, urban areas compared to rural areas (7.8% vs. 3.3%), those who watched TV for ≥3 hours per day (9.5% vs. 6.1%), and those who used tablets, computers, or cell phones for ≥3 hours per day (11.3% vs. 6.9%). Regarding NCDs, only diabetes was inversely associated with UPF consumption (5.4% vs. 7.6%). After adjustments, having any level of education, living in the South, Southeast, and Central-West regions, in urban areas, and watching TV for ≥3 hours per day were associated with consuming five or more groups of UPF. Additionally, having diabetes remained inversely associated with UPF consumption. CONCLUSION: The consumption of UPF was associated with sociodemographic and lifestyle variables. It is believed that the diagnosis of diabetes may have influenced the improvement of dietary habits in this population. This work is expected to contribute to the management of elderly care in public health.
Palavras-chave: Inquéritos de saúde
National Health Survey
Alimentos ultraprocessados
Ultra-Processed foods
Idosos
Elderly
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Grande Dourados
Sigla da Instituição: UFGD
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Ciências da Saúde
metadata.dc.publisher.program: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Citação: RIVA, Isabela de Oliveira da. Consumo de alimentos ultraprocessados entre idosos brasileiros e associação com fatores sociodemográficos, de estilo de vida e presença de doenças: dados da pesquisa nacional de saúde, 2019. 2024. 98 f. Dissertação (Mestrado em Alimentos, Nutrição e Saúde) – Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2024.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/6348
Data do documento: 28-Mar-2024
Aparece nas coleções:Mestrado em Alimentos, Nutrição e Saúde

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